A noiva do policial militar Albert Souza Ferreira, que morreu após um ataque, em Irajá, na Zona Norte do Rio, neste sábado, usou uma rede social para lamentar o ocorrido. O agente estava acompanhado de um grupo de amigos quando criminosos em um carro passaram atirando na Rua Amandiu. O agente, que era lotado no batalhão de Irajá, chegou a ser socorrido no PAM do bairro, mas não resistiu aos ferimentos e morreu.
A noiva de Albert, de 19 anos, postou sua homenagem pouco tempo depois de saber sobre a morte do companheiro, com quem estava há cerca de um ano.
"Hoje meu dia começou ótimo na presença da pessoa que convivi 5 anos juntos, na presença do meu melhor amigo, meu parceiro, meu amor, meu namorado, meu noivo, meu companheiro... E terminou da pior maneira possível eu te vendo e sabendo que você nunca mais vai me da aquele seu sorriso, nunca mais vai me da seus carinhos, q nunca mais vamos ter os nossos momentos de felicidade, tristeza, desentendimentos, de luta, nossa vida lado a lado. Deus nao fez a minha vontade te levando pra junto dele, mas fez o melhor pra você pq sei q vc ta em paz e cuidando de mim aí de cima. Que papai do céu e você me dê muita força pra continuar a vida pq ja não está sendo fácil. Eu te amo pra sempre!", escreveu.
Pouco tempo depois, a jovem publicou outra mensagem de lamento, na qual escreveu: "Dormir sem teu boa noite, acordar sem teu bom dia. Não sei como vou lhe dar com isso meu amor!".
Segundo a sogra de Albert, a filha está "muito mal". A mulher, que não quis se identificar, disse que o assassinato do policial militar pegou a todos de surpresa.
— Ninguém esperava. A gente sabe que é uma profissão muito arriscada. Eu já tinha pedido para ele sair disso (da Corporação). Mas a dor do pai e da mãe dele não tem comparação com a da nossa filha — contou a sogra, que acrescentou: — Ela estava trabalhando quando soube (sobre a morte do noivo). O crime foi perto da minha casa. Ele estava de folga batendo papo com colegas. Ainda não temos detalhes do que aconteceu.
O sepultamento do policial militar será às 16h30 deste domingo no Cemitério Jardim da Saudade, em Sulacap, na Zona Oeste do Rio, segundo a administração do local.
Policial ferido
Na mesma ação em que Albert morreu, um outro agente lotado no 15º BPM (Caxias), levou um tiro na virilha e passa bem. Um homem ainda não identificado também ficou ferido. O grupo estava de folga quando foi atacado.
O caso está sendo investigado pela Divisão de Homicídios.
Esse é 62º PM morto em 2017 no Rio. Deste total — já acrescentando o caso da noite desta sexta-feira —, 14 PMs estavam em serviço, 35 foram mortos durante a folga, além de 12 que eram da reserva.
Também segundo a corporação, 195 policiais militares ficaram feridos apenas em 2017: 142 durante o serviço, outros 48 de folga e cinco que já faziam parte da reserva.
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